A edição 2025 da Extremo Sul Ultramarathon foi um retrato cru de resiliência. Sob chuva já na largada, ventos cruzados e uma praia que nunca acaba, os atletas enfrentaram 226 km de pura entrega entre a Barra do Chuí e o Cassino. A areia pesada, o frio cortante e o silêncio da madrugada guiada apenas pela lanterna de cabeça e pelo som das ondas à direita criaram um cenário tão hostil quanto hipnotizante.
Mesmo assim, emergiram histórias gigantes: Valmor “Pepe” Fiamoncini assumindo a liderança após os 170 km e vencendo em 28h29; Willian Bordin sustentando um ritmo impressionante por quase toda a prova; e performances marcantes no feminino com Isadora Soares, Clediane Lunardi e Rachel Belmont construindo seus pódios na raça.
Entre chuva, escuridão, solidão, luzes distantes e a passagem simbólica pelo farol do Albardão aos 96 km, a Extremo Sul provou — mais uma vez — que é uma travessia emocional, física e mental, onde cada passo é um pacto silencioso com o impossível.

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